
Olá sou Marcia Nascimento, oficial psicóloga da Polícia Militar de Rondônia e docente do ensino superior, tenho 33 anos, casada com Leandro Teles. Acreditava que não podia engravidar até Deus me presentear com o Álvaro. Quando descobri que estava grávida começou minha busca em ter um filho saudável e buscar um parto natural para nós.
Bem, inicialmente, não compreendia muita coisa sobre o assunto, mas assisti o documentário "O Renascimento do parto" que foi o suficiente pra eu saber que se eu queria um parto natural precisaria buscar mais informação. Iniciei minha busca, minhas pesquisas, acionei uma doula, a Cibele, e me faltava um médico em quem eu confiasse realmente, que eu não duvidasse que iria querer me submeter a uma cesária e que tivesse em seu currículo boas experiências em parto natural.
Foi quando a Cibele me falou sobre a médica Lívia, obstetra recém chegada na cidade e que fazia parto humanizado. Marquei consulta e foi amor à primeira vista (rsrsrsrsrs)! Com 32 semanas mudei de obstetra. Senti confiança e sabia que estava diante de uma profissional que transmitia transparência e respeito ao protagonismo da mulher no parto.
A previsão de parto era para o dia 19/04/18 (segundo a ultrassom), mas no dia 03/04/18 por volta das 6 horas comecei a sentir cólicas que foram aumentando ao longo do dia, as quais julguei serem pródromos.
A Cibele tinha me orientado a ficar no chuveiro porque iria melhorar se fossem pródromos ou iria ganhar mais ritmo se fosse trabalho de parto. Às 14 horas fui para o chuveiro quente e eis que às 15h30 mandei mensagem pra a doula, pois minhas contrações já estavam durando em média 40 segundos num intervalo aproximado de 3 minutos... retornei para o chuveiro e às 16h20, meu tampão mucoso saiu com um pouco de sangue e a Cibele disse que provavelmente tinha uma dilatação acontecendo e foi para minha casa.
Quando a Cibele chegou eu tinha me transformado na louca do agachamento, pois era a única coisa que aliviava e meu esposo arrumando a mala da maternidade (porque, claro, gostamos de viver perigosamente e não tínhamos preparado-a rsrrsrsrsr.
Pouco tempo depois a médica chegou (sim, ela foi à minha casa), verificou os batimentos do bebê e fez o exame de toque que já estava com 9 cm de dilatação, a emoção tomou conta de mim e foi quando comecei a acreditar q estava em trabalho de parto ativo, pois até então estava subestimando.
A dra. Lívia saiu para mobilizar pediatra, equipe do hospital e os outros materiais. A doula e eu continuamos com agachamento, massagem, chuveiro até que minha bolsa estourou e o líquido saiu escuro, para mim estava tudo tranquilo (já que nunca tive uma bolsa estourada), mas a Cibele, sabiamente, para que eu não ficasse preocupada, ligou para a dra. Lívia longe de mim e avisou sobre a presença de mecônio no líquido. Algum tempo depois a Dra Lívia retornou a minha casa e fez novamente o exame comigo em mim, eu em pé no banheiro mesmo, sem necessidade de deitar, e orientou a irmos para o hospital. (Para saber mais: Mecônio é sinal de sofrimento fetal?)
Às 18h22 fomos para o hospital todos num carro só e quando chegamos na porta da emergência um taxista parou para pegar duas pessoas e demorou para sair, meu esposo começou a pedir para sair porque o filho dele estava nascendo e o taxista ao invés de sair rápido abriu a porta do carro para discutir (Affs, taxistas, não façam isso!)
Já dentro do hospital, fui recebida pela equipe de enfermagem e tive a feliz notícia de que o pediatra que eu queria para acompanhar meu parto, Dr Paulo Brasil, ainda estava no hospital. Fui levada direto para o centro cirúrgico e quando vi a maca perguntei onde eu ia ficar e o enfermeiro disse que eu poderia deitar na maca, mas não quis.


A Dra Lívia chegou já com os forros e começou a forrar o chão e em mais uma contração e claro mais um agachamento, não levantei mais. Nesse momento senti uma pressão diferente, mais forte, era o neném avisando que seria aquela hora. Por isso fiquei ali de cócoras, meu esposo atrás de mim me segurando e a cada nova contração eu sabia que era menos uma para ver meu filho, que eu precisava apenas relaxar, não fazer força e deixá-lo nascer.
Às 18:53 meu pequeno Álvaro estreou no mundo!
Meu nobre guerreiro e a emoção tomou conta do centro cirúrgico. A primeira vez que aquele piso tinha sido o palco do milagre da vida, de um parto natural, sem intervenção. Ficamos ali, meu esposo, meu filho e eu. O cordão umbilical ainda pulsando e nós admirando nosso filho.
Toda a equipe ali olhando, sem nos apressar, esperando e apoiando nosso momento. Após um tempo que não sei dizer quanto, cortei o cordão umbilical e o pediatra foi fazer os procedimentos com o bebê e o meu esposo acompanhando. A médica, a doula e eu ficamos ali no chão esperando até a placenta se soltar. Depois que meu esposo retornou com nosso filho fomos todos para o quarto.
Eu, parida, realizada, sem lacerações, sem episiotomia, com um parto humanizado, que respeitou o meu protagonismo e o do meu filho, que colocou o nosso bem-estar acima de tudo.
Alguns aspectos foram essenciais para que meu parto fosse como foi: O apoio incondicional do meu esposo, o conhecimento que busquei durante a gestação; autocuidado com minha saúde, mas, acima de tudo, a confiança nos profissionais que me assistiram de tal modo que se a Dra Lívia me dissesse da necessidade de uma cesárea eu não duvidaria, saberia que era realmente necessária como toda cesárea deve ser, para exceções.

Meu nobre guerreiro e a emoção tomou conta do centro cirúrgico. A primeira vez que aquele piso tinha sido o palco do milagre da vida, de um parto natural, sem intervenção. Ficamos ali, meu esposo, meu filho e eu. O cordão umbilical ainda pulsando e nós admirando nosso filho.
Toda a equipe ali olhando, sem nos apressar, esperando e apoiando nosso momento. Após um tempo que não sei dizer quanto, cortei o cordão umbilical e o pediatra foi fazer os procedimentos com o bebê e o meu esposo acompanhando. A médica, a doula e eu ficamos ali no chão esperando até a placenta se soltar. Depois que meu esposo retornou com nosso filho fomos todos para o quarto.
Eu, parida, realizada, sem lacerações, sem episiotomia, com um parto humanizado, que respeitou o meu protagonismo e o do meu filho, que colocou o nosso bem-estar acima de tudo.
Alguns aspectos foram essenciais para que meu parto fosse como foi: O apoio incondicional do meu esposo, o conhecimento que busquei durante a gestação; autocuidado com minha saúde, mas, acima de tudo, a confiança nos profissionais que me assistiram de tal modo que se a Dra Lívia me dissesse da necessidade de uma cesárea eu não duvidaria, saberia que era realmente necessária como toda cesárea deve ser, para exceções.

Que máximo.por isso escolhi enfermagem obstétrica.adoro essas histórias
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